domingo, 27 de junho de 2010

As colônias de Entre Rios, município de Guarapuava - PR,,...imigração iugoslava no Brasil

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Autor: Alickel

Entre Rios, colônias germânicas no sul do Brasil
Se um dia estiver de passagem pelo Sul do Brasil, ali no Paraná, pela região de Curitiba, Cascavel, Ponta Grossa, não perca a oportunidade de conhecer as colônias de Entre Rios.

Entre Rios está a 30 Km de Guarapuava, que por sua vez, está a uns 250 Km de Curitiba (mapa rodoviário). A partir da capital paranaense, são umas 4 horas de carro, numa simpática estrada pela serra com muita paisagem bonita.

Entre Rios é o nome do conjunto de cinco colônias germânico-iugoslávas fundadas em 1951: Jordãozinho, Cachoeira, Vitória, Samambaia e Socorro.





Na metade do século XX, os países da América, principalmente Brasil, Estados Unidos e Canadá, incentivavam a vinda de migrantes com o objetivo de gerar uma ocupação em áreas com vazios populacionais e, de modo geral, iniciar produções agrícolas. No caso do Brasil, a região sul foi a maior beneficiada por este tipo de colonização. Eis que veio meu pai com sua família numa dessas levas em 1953.

Estes migrantes eram povos europeus, originalmente do leste, que no período de guerras se deslocaram de seus países para viver na Alemanha, Áustria etc. Destituidos de suas terras, restou-lhes trabalhar em terras alheias, como empregados. A chance de vir para o novo mundo, recebendo terras do governo a preços módicos, e reconstruir suas vidas como proprietários e não mais como empregados, era sem dúvida vantajosa.

No mesmo ano em que foram fundadas as colônias, criou-se a Cooperativa Agrária, que existe até hoje e fornece recursos para os produtores agrícolas da região. No período de inverno, planta-se na região cevada, aveia e trigo. No verão, soja e milho.

A maior parte das famílias reside na colônia e possui terras para o plantio em áreas mais afastadas.

A cultura é, talvez, o traço mais marcante deste lugar. A organização de cada colônia reproduz as características de outrora. A praça central é rodeada pela Igreja e pelo galpão de festas. As casas repetem a arquitetura tradicional, inclusive, com os jardins floridos. Nas calçadas, grandes pinheiros enfileirados remetem às paisagens das antigas cidades germânicas do Leste-europeu. O lanche da tarde é também uma herança das tradições alemãs. Vidros de conservas, geléias caseiras e bolachas variadas estão sempre à mesa para a merenda.



Colônia Jordãozinho.

Já na quarta geração, a língua predominante é ainda o alemão. Na realidade, um dialeto* com fortes influências iugoslavas. E na escola, as crianças aprendem os dois idiomas: tanto o português, quanto o alemão.



Jardim de Infância na colônia Vitória.

No mês de outubro, é realizada a Festa da Cevada em comemoração ao fim da colheita. A organização é da Cooperativa Agrária e a festa tem duração de uma semana, sendo que na abertura acontece o tradicional jantar de peixe. Outras festas menores acontecem ao longo do ano. No natal, a escola prepara junto às crianças a reprodução teatral do nascimento de Jesus. A apresentação acontece na praça central. A trilha sonora fica por conta da banda local e a narração é feita toda em alemão.

Para quem deseja visitar a cidade, as melhores opções de hotel e pousada estão na cidade de Guarapuava, há 30 Km das colônias. Restaurantes também são encontrados com maior facilidade na cidade. São poucas as atrações turísticas em Entre Rios. Muito vagarosamente, a colônia está se equipando para receber visitantes.

Atualmente, um passeio de um dia é o suficiente para conhecer o que há de mais interessante: uma caminhada pelas colônias, algumas lojinhas de souvenirs, artesanato local etc. Para quem se interessa, há uma pista de motocross na colônia Jordãozinho. Quem busca por um recanto para descansar, pode ser o programa perfeito. Além da possibilidade de se conhecer um pouco de uma cultura diferente, é um lugar muito tranquilo, ideal para o descanso.

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